
Estudos de novos tratamento para o HIV
Publicado: 31/03/2016
Atualizado: 23/01/2017
Publicado: 31/03/2016
Atualizado: 23/01/2017
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O vírus do HIV é capaz de infectar as células de defesa (linfócitos) sem matá-las de imediato. Ele fica latente dentro das células (como se estivesse dormindo).
O vírus que está nessa situação não pode ser combatido pelos remédios antirretrovirais (ARV) disponíveis atualmente e isso faz com que se forme reservatórios do vírus.
De tempos em tempos, este vírus pode se reativar, matar a célula de defesa que parasita e cair na corrente sanguínea, onde, aí sim, os remédios antirretrovirais podem destruí-lo, caso a pessoa esteja tratando adequadamente e mantendo boas concentrações dos ARV no sangue.
A formação dos reservatórios celulares representa o maior obstáculo para a cura do HIV.
Para que o vírus possa entrar na célula de forma latente, ele precisa desativar uma barreira de proteção celular, através de alguns processos químicos.
Observou-se que um remédio inibidor da tyrosine-kinases, já usado em algumas leucemias (um tipo de câncer do sangue) tem a capacidade de bloquear este processo.
É como se este remédio impedisse o vírus de se esconder dentro da célula de defesa em sua forma latente, deixando-o então exposto na corrente sanguínea para ser morto pelos demais remédios.
Essa hipótese foi publicada recentemente na revista Biochemical Pharmacology e um estudo dos cientistas do Hospital Clinic de Barcelona, com a participação de Unidades de infecção por HIV do Reino Unido e Itália, Hospital La Paz e o Centro Sandoval de Madri, deverá ser iniciado no próximo ano.
Este pode ser um novo caminho para a cura do HIV.
Referências: