
Vaginose Bacteriana: Quando Procurar um Infectologista?
Publicado: 15/04/2025
Publicado: 15/04/2025
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Vaginose Bacteriana é o nome dado a uma infecção vaginal muito comum causada, principalmente, pelo desequilíbrio da microbiota presente na vagina das mulheres cis. Esse problema ocorre quando há uma redução das bactérias benéficas (Lactobacillus) e um aumento de outras bactérias, como Gardnerella vaginalis, resultando em sintomas incômodos como corrimento com odor forte, coceira e irritação.
Por mais que a maioria das mulheres busquem auxílio médico com seu ginecologista de confiança, existem casos em que a avaliação de um médico infectologista pode ser essencial. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a vaginose bacteriana e quando procurar um infectologista.
Apesar da pratica de relações sexuais poder ajudar a desencadear estes quadros, vaginose bacteriana não é uma infecção sexualmente transmissível. Ela ocorre devido ao desequilíbrio da flora bacteriana natural da vagina, com uma redução da população de lactobacilos, que são bactérias protetoras e um consequente aumento de bactérias que causam dano.
Esse desequilíbrio pode ocorrer por vários motivos como relações sexuais desprotegidas, acredita-se que bactérias presentes na microbiota do pênis de alguns homens podem ajudar a causar este desequilíbrio, por isso que quanto maior a diversidade de parceiros sexuais com relação desprotegida maior o risco de se ter impacto, excesso de higiene como duchas vaginais e uso de sabonetes íntimos com perfumes ou bactericidas, que podem irritar a mucosa além de destruir bactérias protetoras.
Outras situações que podem desequilibrar a microbiota genital facilitando o aparecimento da vaginose são, colocação de DIU, Tabagismo, constipação intestinal, uso de antibióticos independente do motivo, dieta rica em carboidratos simples, e mesmo alterações hormonais como a que ocorre na gestação pode facilitar este processo.
A Vaginose bacteriana pode ser assintomática, mas pode cursar com muito desconforto e sintomas como:
Na maioria das vezes, a vaginose bacteriana pode ser tratada com medicamentos e antibióticos específicos e tudo fica resolvido, mas casos mais graves, pacientes que não respondem ao tratamento, pacientes mais complexos ou quadros de recorrência é necessário uma avaliação mais ampla e uma abordagem mais assertiva.
O médico infectologista irá avaliar:
O infectologista é o médico especialista responsável por diagnosticar e tratar infecções complexas causadas por vírus, bactérias, fungos e outros agentes. No caso da vaginose bacteriana, ele pode:
Para diagnosticar a condição, seu médico poderá realizar uma avaliação clínica que inclua a avaliação dos sintomas e o histórico médico, e solicitar exames laboratoriais como a inspeção do corrimento com odor, os testes do pH vaginal, exames microscópicos de identificação das “células-alvo” (células epiteliais cobertas por bactérias) em uma amostra de secreção vaginal.
Além disso, o teste de Whiff também pode ser solicitado. Nele, uma adição de hidróxido de potássio é incluída em uma amostra de secreção para detectar odor forte característico em casos positivos.
Após o diagnóstico adequado, o tratamento poderá ser baseado no uso de antibióticos para restaurar o equilíbrio da microbiota vaginal, sendo de uso oral ou tópico com cremes e géis vaginais. Em mulheres com infecções recorrentes, podem ser recomendadas terapias prolongadas, como o uso intermitente de antibióticos e probióticos para restaurar a flora vaginal.
Algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver vaginose bacteriana e evitar sua recorrência, sendo elas:
Embora a vaginose bacteriana seja uma condição comum e tratável, casos recorrentes ou resistentes ao tratamento exigem atenção especializada. Se você está enfrentando essa condição ou suspeita que sua flora vaginal esteja desregulada, não deixe de buscar um médico especialista para obter um diagnóstico correto e a melhor forma de tratar a condição.